Hoje descobrimos que Milão se consegue ver (bem) em dois dias. Se tiverem o percurso bem planeado, tal como nós fizemos, conseguem conhecer a cidade em dois dias e sem andar à pressa, a menos que não queiram caminhar 12 horas, como nos aconteceu ontem. Nesse caso, reservem três dias para a capital da moda, até porque, se reservarem com antecedência, conseguem ir ver «A Última Ceia», algo que nós não pudemos fazer e, portanto, sobrou-nos mais tempo.
Anyway, hoje o destino foi o Duomo, a terceira maior catedral do mundo e o verdadeiro ponto turístico de Milão. Duomo, que é o centro geofísico da cidade, significa «casa», o que é bastante apropriado, uma vez que a catedral, que foi construída há séculos, tinha como objectivo albergar toda a população de Milão, que, na altura, era de 40 mil pessoas. Nota turística:para entrar, é obrigatório ter os ombros cobertos, portanto lembrem-se as meninas de não levar nada com alças ou cai-cais, e os meninos de esquecerem as cavas. Por esse motivo, aqui a menina Lua teve de comprar à pressa um lenço, para o colocar sobre os ombros. Aliás, as senhoras asiáticas que os vendiam à porta da igreja, devo dizer, têm olho para o negócio, porque a maioria dos turistas vai de ombrinho à mostra!
O edifício é colossal, ao melhor estilo gótico, mas, infelizmente, não pudemos tirar fotos no interior. A verdade é que a maior parte dos visitantes ignorava as regras, fotografando e filmando lá dentro, mas nós queremos acreditar que ainda somos civilizados. De qualquer forma, são de salientar os vitrais, assim como as diversas obras religiosas, espalhadas pelos altares. Se tiverem tempo e disposição, visitem o Museu do Duomo e espreitem a estátua de São Bartolomeu, carregando a própria pele.
Do lado esquerdo do Duomo, para quem está de frente para a praça, encontra-se o Palazzio Reale, que tem sempre várias exposições culturais que podem e devem ser visitadas. Devemos dizer que, nesta zona e na zona do nosso hotel, perto da Stazzione Centrale, foram os únicos sítios onde sentimos mais insegurança. A primeira por se tratar de uma zona turística e portanto um alvo fácil e a segunda porque, de alguma forma, concentra os imigrantes que chegam a Milão e ainda não conseguiram uma oportunidade. Nota: dizem que os hotéis do lado direito da estação são maus e os do lado esquerdo são bons… a avaliar pelo nosso, pelo menos a primeira parte pudemos verificar! LOL! No entanto, temos vista para uma das basílicas da cidade, o que já não é mau!